Aquela armadura.

Passei tanto tempo tentando encontrar uma forma de não deixar mais me iludirem, que acabei me fechando para os sentimentos verdadeiros.
Tantas vezes acreditei, segui de olhos vendados para a realidade, me entreguei de bandeja.. ah erros! deles que eu sou feita. Sabe, cada pequena falha, cada caminho errado, cada decisão ou indecisão me tornou o que sou hoje. E confesso, não é nada fácil voltar a acreditar realmente depois de tantas decepções. Pois bem, eu acho que é assim que deve ser. As quedas nos fazem amadurecer, nos "moldam", é elas que nos mostram o que devemos mudar. Nunca é nada vindo de alguém, pois nós podemos até achar que sabemos tudo e temos controle das situações, porém a verdade é que ninguém pode controlar o que acontece nessa vida... tão magnifica e enigmática.
Então não me puna, não me julgue, não me peça para explicar, pois o que passamos, apenas cabe a nós mesmos encarar e então absorver aquilo. Portanto eu não lhe devo satisfação!
Mas se mesmo assim, com todos os meus defeitos e temperamentos ainda quiseres me conhecer, peço para que tenha paciência, que tenha persistência, que seja ousado, que seja único... o único! Aquele que não vai me condenar por ser eu mesma, que não vai me exigir demais. Eu costumo ser varias mulheres em uma só, tenho esse jeito meio menina moleca, meio madura exigente, mas são essas minhas variações que me fazer ser eu mesma. Então eu te peço, fique e conquiste seu espaço, pois poucos conhecem e reconhecem e menos ainda são os que merecem o carinho de um coração machucado.
Um dia me disseram a seguinte frase " É do sofrimento da ostra que nasce uma perola" e essa perola quanto mais perfeita é, mais forte e densa é a casca que a protege. Se fores capaz de abri-la e tocar seu interior, o que verá por lá é sem dúvidas a mais magnifica preciosidade.
Bom um dia alguém vai entender, que dentro de mim só permanece o que cria raízes, o que deixa marcas, que toca minha alma, o que me alimenta o Ser. Quem sabe algum dia serão minhas demonstrações em vez de palavras escritas na pagina de mais um diário.