Ouça sua criança interna.

Sabe quando você se da conta que se perdeu de quem você é? Não? Então vou te contar um pouco...

Quando somos crianças não há espaço para orgulho, ego ou mágoas... tudo é passageiro, nós brigamos com quem amamos e logo em seguida estamos abraçando e pedindo sua atenção. A vida não precisa ter um sentido para seguir, nós apenas vivemos cada instante errando, acertando, caindo e levantando sem nos preocuparmos com as feridas abertas pois sabemos que elas irão se curar, o que irão pensar a nosso respeito pouco nos importa, somos destemidos, confiantes e sempre acreditamos que podemos fazer tudo o que quisermos.
 Quando crescemos a vida dura nos faz perder um pouco dessa ternura e pureza, faz com que nos preocupamos demais com tudo e que queiramos controlar tudo a nossa volta. Conhecemos um novo EU e pensamos que é a ele que precisamos alimentar. Criamos necessidades surpeficiais de controle, posse e resistência, queremos a qualquer custo defender nossos valores e mostrar para os outros que somos melhores, que somos maduros e que já não precisamos tanto de alguém para nos apoiar. Queremos ser independetes, nos tornamos ambiciosos e esquecemos daquilo que éramos antes. As experiências nos traumatizam, nos desequilibram, nos forçam a sermos criticos o tempo todo... Mas não precisa ser assim.

Todo mundo quer ter alguém pra segurar na mão, pra ser apoio quando o mundo desmorona. Todo mundo quer ser amado, agradado com simplicidade, quer poder confiar em alguém, recuperar aquela coragem que tínhamos na infância. Coragem essa que foi substituída pela autossuficiência e essa mesma quando não controlada se torna egoísmo e deixa de ser amor próprio.

Pare o que estiver fazendo neste momento e reflita sobre o que leu, tente entender as mensagens da vida para seu SER, ninguém está aqui para morrer sozinho, porém, para confiar em alguém é preciso primeiramente se desprender do medo da perda, se desprender da autossuficiência, da independência total... Porque no fundo todo mundo quer ser amado, acolhido e com o tempo a gente descobre que ser independente o tempo todo nos afasta de quem amamos e de quem realmente somos.